Muito já se escreveu e pesquisou sobre o chafariz do Sabugo. Trabalhos de gabarito internacional, por alunos e professores da Escola Primária Sabugo e Vale de Lobos, já foram realizados. Foi em tempos o Símbolo nos desfiles e apresentações do Rancho Folclórico da Aldeia, ponto de encontro para excursões e brincadeiras de Carnaval e claro quando não havia água canalizada, era visita obrigatória das moçoilas casadoiras ir encher a bilha ou cântaro de água, ou no segundo quartel do século XX, em que setenta por cento já tinha água canalizada, as familias mais pobres e povoações vizinhas, normalmente eram as avós, acompanhados dos netos rapazes ou raparigas, é que vinham ao Chafariz buscar água em garrafões de vinho.
Ainda era regente D. João V , não se podia chamar ainda chafariz, quando foi edificado o tanque com seis pedras da pedreira local com ganchos de cobre assegurar a sua firmeza, mais a Mina com água proveniente da Serra da Carregueira, Belas.
Muito mais tarde, ano de 1782, já no reinado de D. Maria, o tanque recebeu a cabeceira de arquitectura popular com as duas bicas de cobre, que pela sua importância, do antes e do que viria a ser, mereceu uma cerimónia, apadrinhada pelo Sr. Jozé de D' Oliveira que ficou lavrada numa lápide em Lioz como testemunha do acontecimento para as gerações vindouras.
Ficou conhecida pelos cognomes de A Piedosa ou a A Pia, devido à sua extrema devoção religiosaà Igreja Católica - demonstrada, por exemplo, quando mandou construir a Basílica da Estrela, emLisboa.
No Brasil, é conhecida pelo cognome de Dona Maria,
a Louca ou Maria Louca, devido àdoença mental manifestada com veemência nos últimos 24 anos de vida.
No Brasil, é conhecida pelo cognome de Dona Maria,
a Louca ou Maria Louca, devido àdoença mental manifestada com veemência nos últimos 24 anos de vida.
Ora voltemos atrás na história. No Verão, este caminho, sendo o mais sinuoso era o mais seguro e o mais rápido para o Rei ir uma temporada caçar na Tapada de Mafra vindo de Queluz quando aqui chegava tinha água para se refrescar e beber e para dar de beber. aos animais. Nestas passagens da realeza, alguns naturais do Sabugo aproveitavam para trocar uma conversa sobre caça, que incluía falar de cães, de raposas de lobos, de aves canoras, e claro de espingardas. Era uma animação e um verdadeiro convívio entre a realeza e o povo.
Até hoje o Chafariz do Sabugo, Monumento de interesse Nacional, MIP, mantém o seu estado quase original, digo quase porque foi colocado um tubo de plástico por debaixo das da bica para vazar todo o caudal de água excedente.
Um apontamento SOBRE O REI
D. João V foi um grande edificador, e dotou principalmente a capital portuguesa de numerosas construções. Fomentou o estudo da história e da língua portuguesa, mas falhou em melhorar de forma significativa as condições da manufactura em Portugal, e gastou a maior parte da sua riqueza nos edifícios que construiu. Por ironia do destino, a maior parte deles desapareceria pouco depois da sua morte, no grande Terramoto de 1755. Os principais testemunhos materiais do seu tempo são hoje, o Palácio Nacional de Mafra, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, o Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, e a principal parte da colecção do Museu Nacional dos Coches, talvez a mais importante a nível mundial, também na capital portuguesa. No campo imaterial, merece destaque a extinta Academia Real da História Portuguesa, precursora da actual Academia Portuguesa da História, e ainda a criação do Patriarcado de Lisboa, um dos três patriarcados do Ocidente da Igreja Católica.