Monday, June 1, 2015

Histórico. A fazer SOMBRA há mais de duzentos anos.

No Largo do Chafariz plantaram um Plátano. que maravilha!
Já foi vitima de querem linchá-lo. Já ouviu muitas pulhas pelo Carnaval. Já serviu para mostrar cartazes, já deu sombra a muita gente, já serviu para poemar e os segredos que guarda para contar?
O que nós sabemos por os antigos contarem é que nunca se portou mal, nem nos dias de vendaval. Foi plantado com amor e os Sabuguenses adoram-no como seu filho fosse.
E como aquela árvore enorme foi ali parar? Já sei foi para fazer companhia ao Chafariz, afinal também podia beber da sua água, dar mais vida ao largo e tudo junto fazia um Conjunto interessante para o lugar.
Agora vou eu a contar. Ninguém determinava qual era o centro da Aldeia. Mas se todos para lá caminhavam por causa da água e no espera que espera se juntava outros com a mesma ideia, que até dava para falar da vida e fazer-se  á vida, a qualquer hora do dia ou da noite. Podemos a esta distância, sem pôr os pés pelas mãos, afirmar que o Chafariz, pela força das vizinhanças e circunstancias, se tornava, dia após noite e dia outravez, como era óbvio, no centro da Aldeia. E no centro para além de água já tinha sombra,  e sombra de Plátano, que crescem rápido como pardais. Quem terá tido o feliz pensamento de querer dar sombra sem querer saber se dela ia um dia precisar. Concerteza, só um Saloio com um costado daqueles para além do Tejo, para ter essa lembradura. Homem que anda ao sol pensa quantas sombras tem o caminho. Se fizer as contas todas pode ser que o cansaço seja menor. Mas foram logo plantar um Plátano? Pois, pudera, um plátano com uns aninhos já é um companheiro para evitar o sol, quando este está mais a pique. Depois a sua resistência é enorme porque as suas raízes vão direitinho aonde há água fresca. Botânicamente falando, os plátanos são árvores do gênero Platanus, da família Platanaceae, as quais são nativas da Eurásia e da América do Norte. São típicas dos climas subtropical e temperado. No geral, são árvores de interesse ornamental, podendo atingir mais de 30 metros de altura. Ora quem teve a ideia, já sabia de Geografia e de Ornamentação. É que naquele vale o clima é temperado e por isso o Plátano sentiu-se como peixe na água.
Ora se pensarmos que o Plátano Secular + Chafariz= Conjunto de Interesse Público C.I.P. poderemos afirmar que há mais de 200 anos, já se praticava-se a ecologia ornamental, por outras palavras, o costume de plantar árvores á beira dos caminhos para nos dias de sol facilitar a vida a quem caminhava ou trabalhava.
Penso que estamos a perder esta noção que somos da terra. Precisamos de plantar para cuidar para usufruir ou para deixarmos um testemunho de generosidade para as gerações futuras.
Deve ser muita fixe dar sombra há mais de duzentos anos.

A importância da água do Chafariz do Sabugo


Muito já se escreveu e pesquisou sobre o chafariz do Sabugo. Trabalhos de gabarito internacional, por alunos e professores da Escola Primária Sabugo e Vale de Lobos, já foram realizados. Foi em tempos o Símbolo nos desfiles e apresentações do Rancho Folclórico da Aldeia, ponto de encontro para excursões e brincadeiras de Carnaval e claro quando não havia água canalizada, era visita obrigatória das moçoilas casadoiras ir encher a bilha ou cântaro de água,  ou no segundo quartel do século XX, em que setenta por cento já tinha água canalizada, as familias mais pobres e povoações vizinhas, normalmente eram as avós, acompanhados dos netos rapazes ou raparigas, é que vinham ao Chafariz buscar água em garrafões de vinho. 
Ainda era regente D. João V , não se podia chamar ainda chafariz, quando foi edificado o tanque com seis pedras da pedreira local com ganchos de cobre assegurar a sua firmeza, mais a Mina com água proveniente da Serra da Carregueira, Belas.

Muito mais tarde, ano de 1782, já no reinado de D. Maria,  o tanque recebeu a cabeceira de arquitectura popular com as duas bicas de cobre, que pela sua importância, do antes e do que viria a ser, mereceu uma cerimónia, apadrinhada pelo Sr. Jozé  de D' Oliveira que ficou lavrada numa lápide em Lioz como testemunha do acontecimento para as gerações vindouras.

Maria foi, antes de assumir o trono, Princesa do Brasil, Princesa da Beira e duquesa de Bragança.
Jaz na Basílica da Estrela, em Lisboa, para onde foi transportada após a morte.
Ficou conhecida pelos cognomes de A Piedosa ou a A Pia, devido à sua extrema devoção religiosaà Igreja Católica - demonstrada, por exemplo, quando mandou construir a Basílica da Estrela, emLisboa.
No Brasil, é conhecida pelo cognome de Dona Maria,
a Louca ou Maria Louca, devido àdoença mental manifestada com veemência nos últimos 24 anos de vida.
Ora voltemos atrás na história. No Verão, este caminho, sendo o mais sinuoso era o mais seguro e o mais rápido para o Rei ir uma temporada caçar na Tapada de Mafra vindo de Queluz quando aqui chegava tinha água para se refrescar e beber e para dar de beber. aos animais. Nestas passagens da realeza, alguns naturais do Sabugo aproveitavam para trocar uma conversa sobre caça, que incluía falar de cães, de raposas de lobos, de aves canoras, e claro de espingardas. Era uma animação e um verdadeiro convívio entre a realeza e o povo.
Até hoje o Chafariz  do Sabugo, Monumento de interesse Nacional, MIP, mantém o seu estado quase original, digo quase porque foi colocado um tubo de plástico por debaixo das da bica para vazar todo o caudal de água excedente.


Um apontamento SOBRE O REI
 D. João V foi um grande edificador, e dotou principalmente a capital portuguesa de numerosas construções. Fomentou o estudo da história e da língua portuguesa, mas falhou em melhorar de forma significativa as condições da manufactura em Portugal, e gastou a maior parte da sua riqueza nos edifícios que construiu. Por ironia do destino, a maior parte deles desapareceria pouco depois da sua morte, no grande Terramoto de 1755Os principais testemunhos materiais do seu tempo são hoje, o Palácio Nacional de Mafra, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, o Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, e a principal parte da colecção do Museu Nacional dos Coches, talvez a mais importante a nível mundial, também na capital portuguesa. No campo imaterial, merece destaque a extinta Academia Real da História Portuguesa, precursora da actual Academia Portuguesa da História, e ainda a criação do Patriarcado de Lisboa, um dos três patriarcados do Ocidente da Igreja Católica.