Pedalar com Livros é uma performance de Jozé Sabugo,
que procura provocar a Hora do Conto em qualquer AMBIENTE.
que procura provocar a Hora do Conto em qualquer AMBIENTE.
O projeto Pedalar com Livros foi lançado na Festa da Hora do Conto 2015.
Em cada esquina uma estória, em cada rosto um saloio por advinhar, onde a serra de Sintra está sempre a encantar.
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| No Largo do Chafariz plantaram um Plátano. que maravilha! |
D. João V foi um grande edificador, e dotou principalmente a capital portuguesa de numerosas construções. Fomentou o estudo da história e da língua portuguesa, mas falhou em melhorar de forma significativa as condições da manufactura em Portugal, e gastou a maior parte da sua riqueza nos edifícios que construiu. Por ironia do destino, a maior parte deles desapareceria pouco depois da sua morte, no grande Terramoto de 1755. Os principais testemunhos materiais do seu tempo são hoje, o Palácio Nacional de Mafra, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, o Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, e a principal parte da colecção do Museu Nacional dos Coches, talvez a mais importante a nível mundial, também na capital portuguesa. No campo imaterial, merece destaque a extinta Academia Real da História Portuguesa, precursora da actual Academia Portuguesa da História, e ainda a criação do Patriarcado de Lisboa, um dos três patriarcados do Ocidente da Igreja Católica.
Na Linha do Oeste - Viagem ao passado
Viajar na Linha do Oeste é quase embarcar numa viagem ao passado. Entre bonitas estações com painéis de azulejo e apeadeiros minúsculos, quase sempre desertos, uma via única conduz as composições antiquadas que se alimentam de velhos hábitos que as mantém em circulação. Rotinas que já não são suficientes para os passageiros, que têm vindo a trocar o comboio por outros meios de locomoção. Para inverter esta tendência, os utentes exigem mais rapidez e eficácia no transporte.
São 10 e 37. O comboio, que partiu às 8 e 54 das Caldas da Rainha, abranda ao aproximar-se da Estação do Sabugo. Deserta, a gare acolhe os passageiros acabadinhos de chegar da Feira da Malveira, carregados de sacas com pintos e galinhas que, em conjunto, parecem emitir cacarejos de protesto. À paragem do comboio, por entre cumprimentos e gargalhadas, a preocupação maior dos viajantes é passar na estreita porta e descer os dois degraus a pique sem esborrachar o conteúdo dos sacos de rede que transportam. "Isto também é seu?", pergunta o revisor, ajudando um utente mais atrapalhado com as compras. À quinta-feira de manhã, os frequentadores da Malveira são garantia de animação nos comboios e estações da Linha do Oeste. Mas há anos atrás a animação era ainda maior. No Sabugo, qualquer chegada de um comboio era aguardada pelos muitos passageiros que enchiam a gare da estação, na altura rodeada por fábricas que movimentavam centenas e centenas de trabalhadores. "Mas as fábricas foram fechando, os passageiros diminuíram...", recordam os utentes. Hoje, já nem se vendem bilhetes na estação.
Susana Quaresma - Rádio Ocidente 88.0 FM - 28-02-2002
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